A PSP vai realizar uma operação específica para a greve geral de quinta-feira, preparada com base no que aconteceu nas últimas manifestações e que prevê o eclodir de conflitos.
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A PSP preparou um dispositivo policial para acompanhar a greve geral de 22 de março, adiantou à Lusa Paulo Flor, acrescentando que a operação tem «como base as anteriores [greves], nomeadamente a última de 2011» e «considerando o atual momento do país».
O porta-voz da Polícia de Segurança Pública esclareceu que na preparação para a greve geral desta semana, «perspetivou os cenários que podem ser equacionados durante o dia de amanhã», incluindo o de eventuais conflitos.
Debaixo de «especial atenção» da PSP vão estar os locais onde «afluirão mais pessoas em razão dos transportes públicos que utilizarão, das manifestações públicas onde tomarão parte e dos conflitos que possam ser resolvidos com a presença da polícia».
Paulo Flor explicou também que os recursos humanos e materiais envolvidos na operação de acompanhamento da greve geral «serão utilizados de forma gradual e em função do grau de conflitualidade ou de movimentação de pessoas», tendo em conta «os níveis de ameaça e a avaliação permanente do risco».
O porta-voz da PSP disse esperar que a paralisação de amanhã seja «a manifestação de um direito livre, ordeiro e pacífico».
Em reação, o líder da CGTP, Arménio Carlos, acusou, em declarações à TSF, o Governo de estar a «instrumentalizar» a PSP.