A paralisação está marcada para esta terça e quarta-feira
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A Metro do Porto encerra a operação às 20h00 desta terça-feira devido a uma "greve total" convocada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) para os dias 31 de dezembro e 1 de janeiro. Em declarações à TSF, Hélder Silva, do Sindicato dos Maquinistas, enumera as razões que levaram à paralisação.
"Tem a ver com o pagamento do prémio anual de desempenho. Em 2024, não foi pago e prevê-se que em 2025 também não vá ser pago. A ViaPorto alega prejuízos, desequilíbrios financeiros e que não tem condições para pagar o esse prémio. Estamos a falar também dos descansos compensatórios. Os maquinistas têm um cumprimento de 99,7% de todo o serviço do metro do Porto e muito dele é feito por trabalho em dia de descanso. Também pela questão dos trabalhadores a contrato, temos cerca de 24 maquinistas a contrato a termo incerto que vão estar quatro anos a contrato, algo que não achamos justo numa profissão de caráter específico como esta", explica à TSF Hélder Silva.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, apelou aos maquinistas que a greve fosse feita em outro dia e não na noite de passagem de ano, um pedido que o dirigente sindical vê como "normal".
"É normal por parte do presidente da câmara devido ao investimento feito, mas uma coisa não invalida a outra, cada um tem de fazer o seu trabalho e o seu percurso. O objetivo de uma greve é ter sempre impacto, por isso fiz questão de frisar que já fizemos uma greve em que a nossa intenção não foi prejudicar o utente, foi basicamente alertar para a situação. Fomos completamente ignorados, ninguém nos dá respostas, nem nos convocaram para reunir. Não há soluções. A partir daí, a greve tem de endurecer", sublinha.
O dirigente sindical afirma que esta greve foi marcada pela falta de resposta da entidade patronal, a Via Porto. Hélder Silva relembra que este é um processo que dura há oito meses e promete que as formas de luta vão ser intensificadas, caso a empresa continue a não dar resposta.
O Sindicato dos Maquinistas anunciou uma "greve total" na operação da Metro do Porto nos dias 31 de dezembro e 01 de janeiro, exigindo o pagamento do prémio anual, ainda não efetuado, ao operador ViaPorto, do grupo Barraqueiro.
Na linha azul (A), as últimas partidas serão às 22h23 no sentido Senhor de Matosinhos e às 22h45 no sentido Estádio do Dragão, na linha vermelha (B) às 22h11 no sentido Estádio do Dragão e 22h31 no sentido Póvoa de Varzim, e na linha verde (C) às 22h21 no sentido Campanhã e às 22h51 no sentido ISMAI.
Quanto à linha amarela (D), a última partida será às 22h53 no sentido Hospital São João e às 23h03 no sentido Vila d'Este, na linha violeta (E) às 22h44 no sentido Aeroporto e às 22h57 no sentido Estádio do Dragão, e na linha laranja (F) as últimas partidas serão às 22h21 no sentido Senhora da Hora e às 22h49 no sentido Fânzeres.
As últimas circulações com ligação à linha amarela (D) na estação da Trindade partirão às 22h11 da Póvoa de Varzim, às 22h21 do ISMAI e de Fânzeres, às 22h27 do Aeroporto, às 22h30 do Senhor de Matosinhos, às 22h44 do Estádio do Dragão e às 22h52 da Senhora da Hora.
Já para ligar a linha Amarela (D) às restantes linhas na Trindade, a última circulação a sair de Vila d'Este para ligar às linhas A e B sai às 22h05, para ligar às linhas C e E sai às 22h20 e para ligar à linha F sai às 22h38.
Já do Hospital São João, às 22h10 sai o último veículo para ligar à linha A, às 22h20 para ligar à linha B, às 22h30 para ligar às linhas C e E e às 22h50 para ligar à linha F.
