Guardas da prisão feminina de Tires iniciam greve que vai durar até ao final de maio
O sindicato exige mais segurança e o regresso do chefe principal afastado pela direção
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O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) convocou uma greve para a prisão feminina de Tires, entre esta terça-feira e 31 de maio, para exigir mais segurança e o regresso do chefe principal afastado pela direção.
Segundo o sindicato, a greve visa exigir junto da direção de Tires “a implementação de normas e segurança e o regresso do chefe principal” das guardas, afastado daquela prisão durante o mês de março, por divergências com a atual diretora, Lígia Rebelo.
Em declarações à TSF, o presidente do SNCGP, Frederico Morais, não se conforma com o afastamento do responsável da cadeia de Tires.
"O principal motivo foi a transferência abrupta com que o chefe, que tinha chegado há dois meses e que estava a implementar normas de segurança, foi transferido. Segundo nós sabemos, foi por conflito de ideias com a senhora diretora e nós isso não podemos tolerar, porque uma das medidas que o sindicato tem pedido constantemente é normas e regras de segurança. Se não houver nada que faça mudar, nós vamos continuar em greve", explica à TSF Frederico Morais.
O sindicato admite prolongar a greve, que está marcada até 31 de maio e que afeta o dia a dia das reclusas. "Isto afeta as saídas ao exterior das reclusas. Vão ficar mais tempo fechadas do que o normal, vão ficar 22 horas por dia fechadas. Exigimos normas e regras de segurança, um controlo mais rigoroso a nível de segurança, menos atividades desnecessárias, um controlo onde as guardas prisionais tenham mais autoridade dentro do estabelecimento de prisional e o regresso do chefe de Tires."
Os serviços mínimos propostos pelo sindicato preveem diligências sempre que esteja em causa a liberdade ou vida dos reclusos, mas impede atividades de trabalho e limita as visitas a uma por semana, mas a decisão será ainda tomada pelo tribunal arbitral.
O sindicato, que promoveu um abaixo-assinado entre as guardas de Tires para exigir o regresso do chefe principal, que regressou ao estabelecimento da Carregueira, conta com 70% do efetivo de Tires entre os subscritores.
