Guerra Israel-Hamas: Medina diz que orçamento de Estado dá "respostas a incerteza internacional"
"O que temos feito ao longo do tempo é adaptarmos sempre os nosssos instrumentos àquilo que são as necessidades em cada conjuntura", afirma o ministro das Finanças.
Corpo do artigo
O ministro das Finanças reconheceu, esta segunda-feira, os "fatores muito incertos" a que a economia portuguesa está sujeita e reforçou que ainda "é cedo" para prever o impacto do conflito no Médio Oriente. No entanto, Fernando Medina acredita na capacidade de resposta do Governo e pediu que portugueses confiem no Orçamento de Estado (OE).
"É cedo ainda para antevermos quais serão os desfechos do ponto de vista económico desta realidade. Uma coisa sabemos: a incerteza hoje é grande", disse esta segunda-feira Fernando Medina, em declarações aos jornalistas, à entrada da reunião do Eurogrupo, no Luxemburgo.
"O que temos feito ao longo do tempo é adaptarmos sempre os nosssos instrumentos àquilo que são as necessidades em cada conjuntura", acrescentou.
TSF\audio\2023\10\noticias\16\fernando_medina_1_e_cedo
Para o responsável pela pasta das Finanças, é "útil" que os portugueses confiem que o "Governo terá um OE sólido" e "assente na recuperação de rendimentos das famílias (...), com respostas também a esta incerteza internacional".
TSF\audio\2023\10\noticias\16\fernando_medina_2_oe_responde
Fernando Medina rejeitou entrar no "exercício da especulação" quanto ao pior cenário possível, como o preço do barril de Brent poder estar acima dos 100 dólares: "Interessa-me muito pouco [...]. A especulação em si é um exercício muito pouco útil para os portugueses".
Os ministros das Finanças da zona euro e a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos reúnem-se esta segunda-feira com o reacendimento do conflito no Médio Oriente a assombrar a perspetiva económico-financeira global.
A intervenção de Israel em Gaza, na sequência de um atentado por parte do movimento islamita Hamas, no dia 7, fez ressurgir receios sobre as consequências globais de o conflito alastrar a outros países do Médio Oriente, nomeadamente o Irão, que advertiu Telavive várias vezes sobre a retaliação que está a fazer e o auxílio de outros países, como os Estados Unidos.