Presidente do Tribunal de Contas substitui Marçal Grilo na administração da Fundação Calouste Gulbenkian. Na TSF, Marçal Grilo diz que sai comovido e destaca a "qualidade ímpar" do sucessor.
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Guilherme d'Oliveira Martins vai assumir funções de administrador executivo da Fundação Gulbenkian, substituindo Marçal Grilo, que abandona hoje o cargo.
O pedido de exoneração já foi apresentado ao Presidente da República e tem efeitos a partir de 1 de novembro, anunciou o Tribunal de Contas em comunicado.
No documento, a instituição diz que "o Presidente do Tribunal de Contas sublinhou que os dez anos em que exerceu o cargo corresponderam a um ciclo em que o Tribunal de Contas se consolidou nos planos nacional e internacional".
O TdC destaca ainda o reforço de estatuto do órgão colegial, a "evolução positiva das funções de auditoria e de fiscalização prévia" e a "cooperação desenvolvida" com os Tribunais de Contas dos países de língua oficial portuguesa e da União Europeia.
Marçal Grilo comovido por sair da Gulbenkian
Em declarações à TSF, Marçal Grilo, explicou que abandona a Fundação Gulbenkian por ter atingido o limite de idade.
Destacando o sucessor como "pessoa de uma qualidade ímpar", Marçal Grilo considerou "um privilégio e honra" que a vaga seja ocupada por Guilherme d'Oliveira Martins
"Estive 30 anos na Fundação, não foram 30 dias", recorda Marçal Grilo dizendo que sai "com grande comoção" devido aos "momentos inesquecíveis" que ali passou e desejando "as maiores felciidades" ao novo administrador executivo.
Guilherme d'Oliveira Martins é juíz conselheiro e exerceu funções governativas entre 1999 e 2002, tendo sido ministro da Educação, da Finanças e da Presidência. Também foi secretário de Estado da Administração Educativa. Tinha inciado em abril deste ano o terceiro mandato à frente do Tribunal de Contas.
Marçal Grilo foi ministro da Educação, de 1995 a 1999.