Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal quer que a doença seja considerada um risco para a saúde pública e pede "políticas ativas" no que diz respeito ao rastreio.
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O número de diabéticos em Portugal cresce à ordem de 200 por dia, de acordo com números avançados pela Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP). Ao todo, o número de pessoas com diabetes em Portugal já ultrapassou um milhão, sendo que há outros dois milhões em risco de contrair a doença, ou seja, em "pré-diabetes". Juntos, estes números compreendem cerca 40% da população portuguesa.
O presidente da Associação, José Manuel Boa Vida, sublinha o impacto da doença que mata uma pessoa no mundo a cada oito segundos. "Exige uma atitude muito mais prioritária do ponto de vista da saúde, da organização, da integração de cuidados e da compreensão de como se pode fazer frente a este grande desafio."
José Manuel Boa Vida defende que a diabetes deve ser considerada um risco para a saúde pública, isto num momento em que a doença é considerada a quarta causa de morte no mundo.
Além de matar uma pessoa no mundo a cada oito segundos, "a diabetes duplica ou triplica a mortalidade nas pessoas com cancro ou doença respiratória e quase a duplica no caso de doenças cardiovasculares".
O aviso da Associação Protetora dos Diabéticos quer defende medidas urgentes e politicas ativas de rastreio nos centros de saúde e nos cuidados primários. Para tal, explica José Manuel Boa Vida, é preciso adotar "políticas ativas de rastreio da população" e garantir que a medicina do trabalho "assume responsabilidades" na área, isto "porque muitas das pessoas em vida ativa não frequenta os centros de saúde".