Ciência Viva no Verão vai ter este ano mais de 400 atividades em todo o país.
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Assim que abriram as inscrições para o Ciência Viva no Verão, logo na primeira hora registaram-se 3500 pessoas que pretendiam participar no programa. "As inscrições sobem a cada minuto", conta a presidente do Ciência Viva e diretora do Pavilhão do Conhecimento. Rosalía Vargas explica que "andar de caiaque na Ria Formosa ou visitar minas, como as de sal-gema são os best sellers do Ciência Viva no Verão", garante.
Rosalia foi uma das pessoas que subiu a bordo de um barco movido a energia solar e que foi ao encontro dos jovens que andavam de caiaque na ria Formosa e estão participar no programa. De acordo com o Ciência Viva a iniciativa "À descoberta da Ria Formosa em caiaque", "pretendia levar os participantes a conhecer as riquezas e especificidades deste sistema lagunar único e tão importante para uma natureza cada vez mais em alerta" e marcou o momento do lançamento oficial.
O projeto existe há 27 anos e começou timidamente com a Astronomia na Praia. Hoje já são mais de 400 as atividades espalhadas pelo país, sempre realizadas em parceria com 70 entidades e com o apoio da comunidade científica. Com um objetivo: "Levar a ciência ao maior número de pessoas", explica a dirigente.
Rosalía Vargas acredita que os 21 centros espalhados pelo país têm contribuído para a literacia científica dos portugueses, que aumentou muito nos últimos tempos, colocando-os no primeiro ligar em muitos itens do Eurobarómetro realizado todos os anos.
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A diretora do Ciência Viva tem a expectativa de que os apoios financeiros também não escasseiem. "Temos uma esperança enorme que o PIB para a ciência aumente, como têm pedido os investigadores", sublinha. Para a edição de 2023 do programa Ciência Viva no Verão foi escolhido o mote os "Alertas da Natureza", uma chamada de atenção para as alterações provocadas pela ação humana no planeta. A programação com esta temática é comissariada pelos investigadores Maria Amélia Loução, do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Universidade de Lisboa, e Filipe Duarte Santos, da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
No total, são 372 ações distribuídas por 601 datas, que acontecem por todo o território nacional, incluindo as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
"Observar o Sol ou o céu noturno, compreender os ecossistemas dos sapais, florestas e estuários, conhecer a geologia que deu origem à paisagem ou visitar grandes instalações de engenharia são alguns exemplos das atividades promovidas pela Ciência Viva", afirmam em comunicado.