Substituição de equivalências. Há 29 universidades portuguesas que já aderiram ao Diploma Europeu

Pedro Granadeiro/Global Imagens
Os diplomas das instituições que aderirem ao programa vão ter um "rótulo europeu". Do lado de quem emprega, há uma "garantia de qualidade e uma redução de barreiras administrativas"
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Um total de 29 universidades portuguesas aderiram ao projeto Diploma Europeu, que prevê criar uma espécie de equivalência automática para os estudantes com um curso académico dentro dos 27 Estados-membros da União Europeia. O número foi revelado à TSF por Hélder Silva, eurodeputado do PSD, que aponta que o documento é um caminho para a cooperação entre estes países e o ensino superior.
O programa vai ser aplicado em duas fases até 2029. Hélder Silva explica que o objetivo é que os alunos do ensino superior possam "obter um diploma que tem equivalências nos 27 Estados-membros".
Na primeira fase desta implementação, os diplomas das instituições que aderirem ao programa vão ter um "rótulo europeu". O diploma que junta todas as universidades só será válido em 2029, sendo que para 2025/2026 e 2026/2027 estão previstas outras etapas do processo, que passam pela preparação e pela implementação inicial.
O eurodeputado social-democrata aponta, contudo, obstáculos na implementação desta iniciativa. Desde logo, refere a necessidade de "uniformizar" currículos das várias universidades, para que seja criada uma "base comum de validação", assim como as "especificidades de alguns cursos", como é o caso do ensino politécnico, que têm diferenças em relação à maioria dos modelos europeus.
"Estas são duas questões que me parece que careçam de algum ajuste e de alguma vontade maior para que o sucesso aconteça", reconhece.
O diploma visa facilitar a empregabilidade. Hélder Silva acredita que pode assim surgir uma "melhoria na aplicação dos instrumentos no processo pós-Bolonha". Para os estudantes, a mobilidade dentro da Europa é uma das muitas vantagens, á qual se alia "o reforço do sentimento de cidadania europeia, que muitas das vezes tanto carecemos e que nos faz falta", assinala.
Já do lado de quem emprega, há uma "garantia de qualidade e uma redução de barreiras administrativas".
A Comissão de Cultura e Educação para o ensino superior vai reunir-se esta quarta-feira, para fazer um balanço dos primeiros meses da aplicação.
