A TSF recebeu relatos de alunos nesta situação. Muitos ainda não sabem se têm direito a bolsa.
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Ainda há alunos da Universidade do Minho que não sabem se têm direito a bolsa. Sem apoio desde o início do ano letivo há quem tenha de reduzir o número de refeições diárias por falta de recursos.
A TSF recebeu relatos de alunos nesta situação e o presidente da Associação de Estudantes confirma. Rui Oliveira explica que há um grande atraso nos serviços de ação social escolar, no processamento das bolsas, e o resultado é que há alunos com todo o tipo de carências, desde quem não paga propinas a quem mal tem de comer.
"Depende muito de pessoa para pessoa, mas quando são pedidos mais extremos tem de se apoiar já através da alimentação. Na Universidade do Minho existe uma provedora do estudante que conversa com as pessoas, percebe essa questão e caso entenda que se deve prestar auxílio, ajuda-se através da ceia da cantina e desses apoios", explicou à TSF Rui Oliveira.
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O número de alunos no ensino superior aumentou, mas os técnicos de ação social escolar são os mesmos e faltam meios para verificar, por exemplo, o nível de rendimentos familiares dos alunos candidatos a bolsa.
"Há pessoas que não sabem ainda se têm bolsa porque está em análise. O processo das bolsas pode ser automático, mas há outra parte que não o é e essa parte que não é requer recursos humanos para fazer análise. São necessários técnicos para fazer essas análises. O financiamento não aumenta, por isso não há um aumento gradual de técnicos a acompanhar o aumento de estudantes na universidade", acrescentou o presidente da Associação de Estudantes.
A TSF questionou entretanto o Ministério do Ensino Superior e aguarda resposta.
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