"Há centenas de variantes." Investigador desvaloriza estirpe proveniente da África do Sul
Especialista do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa sublinha que, mesmo que estas novas variantes tenham implicações nas vacinas, haverá rapidamente uma solução.
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Miguel Prudêncio, investigador do Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa, considera que esta nova variante proveniente da África do Sul, apesar de ser a mais contagiosa, não é alarmante, tal como as três variantes identificadas em Portugal na segunda vaga.
"Neste estudo investiram efetivamente nas três variantes mais predominantes, mas há centenas de variantes. As variantes são uma consequência incontornável do simples facto de o vírus sofrer mutações ao replicar-se. O que é preciso ter em conta é que essas variantes podem ser mais infecciosas e levar ou não a doença mais severa. Da evidência que temos até agora, nenhuma das variantes conhecidas leva a doença mais grave ou é clinicamente mais preocupante", explicou à TSF Miguel Prudêncio.
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O investigador sublinha que mesmo que estas novas variantes tenham implicações nas vacinas haverá rapidamente uma solução, sem problemas de maior.
"No que diz respeito à vacina, também não há evidência de que fiquemos menos protegidos contra estas variantes do que contra outras com as vacinas atualmente disponíveis mas se, por ventura, venha a aparecer uma variante que dê razões para acreditar que a vacina é menos eficaz, é também, do ponto de vista técnico, relativamente fácil alterar a vacina para a tornar eficaz contra essa hipotética variante que possa vir a aparecer", acrescentou o especialista.
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