Aludindo a declarações de Cavaco Silva sobre uma eventual revisão das condições do empréstimo europeu, Passos Coelho diz que estas demonstram que há «convergência ao mais alto nível».
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O primeiro-ministro entende que «ao mais alto nível do Estado» existe uma «convergência muito grande quanto ao que tem sido a estratégia do país».
Aludindo às declarações do Presidente da República, em que Cavaco Silva defendeu que deveriam ser revistas as condições do empréstimo europeu a Portugal, Pedro Passos Coelho classificou o que o chefe de Estado disse como «importante».
O chefe do Governo reiterou que ninguém na Europa compara a situação portuguesa à da Grécia e que por isso «Portugal não reclama as mesmas soluções que são aplicadas à Grécia e, ainda bem, porque não precisamos delas».
«Isso não significa que o Governo não esteja muito atento a toda a matéria abrangida por um princípio de igualdade, adquirido desde o Conselho Europeu, que teve lugar em julho do ano passado e que se reporta ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira», recordou.
Relativamente ao acordo com a Grécia, Passos Coelho admitiu que «há matérias que têm interesse para Portugal e que, no âmbito da estratégia que vimos definindo de regresso a financiamento de mercado, não deixaremos de lutar para que Portugal possa regressar a mercado em circunstâncias de maior normalidade».