Temperaturas elevadas, vento forte e baixa humidade estão a dificultar trabalho dos bombeiros.
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A Proteção Civil verificou um agravamento do número de incêndios nos distritos do Porto, Braga e Viana do Viana do Castelo.
Entre a meia-noite desta sexta-feira e as 18h30 foram registadas em todo o país 150 ocorrências, das quais 50 localizaram-se no distrito do Porto, agravadas pela elevada temperatura, vento forte e baixa humidade.
Em conferência de imprensa, o comandante da Proteção Civil Luís Belo Costa revelou que estiveram envolvidos na resposta a estes incêndios cerca de 4500 operacionais, 1200 veículos e 115 meios aéreos.
Há neste momento oito incêndios ativos, mas o de Paredes e o de Arrabal (Leiria) são os que mais preocupam as autoridades.
Em Paredes há 134 operacionais envolvidos no combate às chamas, apoiados por 40 viaturas e dois aviões, desviados da serra Valongo onde combatiam aquele que foi o maior incêndio do dia, entretanto extinto.
Já o incêndio na freguesia de Arrabal, no concelho de Leiria, há 160 elementos, 43 viaturas e três meios aéreos. Está a consumir uma zona de mato e não ameaça habitações.
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Nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Viseu, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Porto e Aveiro foi ativado o estado de alerta especial de nível vermelho, o mais grave de uma escala de quatro.
Nos restantes distritos, Beja, Évora, Coimbra, Faro, Leiria, Lisboa, Portalegre e Setúbal, foi ativado o estado de alerta laranja, o segundo mais grave de uma escala de quarto, que se traduz num grau de risco elevado.
No âmbito da declaração da situação de alerta, prevista na Lei de Bases de Proteção Civil, foram implementadas medidas de "caráter excecional", como a proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais previamente definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessem.
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Até domingo são também proibidas a realização de queimadas e queimas de sobrantes de exploração e a utilização total de fogo-de-artifício ou outros artefactos pirotécnicos, independentemente da sua forma de combustão.
Estão ainda proibidos trabalhos nos espaços florestais e outros espaços rurais com recurso a qualquer tipo de maquinaria.