Na discussão da moção de confiança, Seguro perguntou como Paulo Portas foi promovido a vice-primeiro-ministro do Governo depois de «jurar a pés juntos» que queria sair do Executivo.
Corpo do artigo
O líder do PS considerou que «há que esperar o pior» do Governo, razão que está na base do voto contra dos socialistas à moção de confiança ao Executivo, que está a ser discutida no Parlamento.
«Como é que se pode levar a sério este Governo quando Paulo Portas, líder do segundo partido da coligação, a três horas da tomada de posse da ministra das Finanças jura a pés juntos que tem de sair do Governo e é uma decisão irrevogável para depois de horas de conversa com o primeiro-ministro ser promovido a vice-primeiro-ministro deste Governo?», perguntou.
Durante a discussão, António José Seguro lembrou um comunicado do Conselho de Estado de setembro de 2012 onde se referia que «foram ultrapassadas as dificuldades que poderiam afetar a solidez da coligação partidária que apoia o Governo».
«Foi o que se viu. Passaram nove meses e para que este mesmo Governo, esta mesma coligação tivesse criado uma crise política motivada pelas demissões dos dois ministros de Estado», lembrou Seguro.
Na resposta, Passos Coelho questionou-se sobre «como foi possível» que Seguro não tenha respondido ao apelo que foi dirigido ao líder do PS «nem tenha dito nada que interesse para aquilo que nos próximos dois anos temos de fazer».
«Pedir confiança a si próprio é a melhor expressão da sua fragilidade. Da parte do PS pode ter a certeza que este Governo não é de confiança e estaremos contra a moção que apresenta neste momento», ripostou Seguro.