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O primeiro-ministro considerou hoje que os últimos dados sobre o recuo do desemprego mostram que a recuperação da economia portuguesa é possível, mas ainda existe «um caminho muito complexo pela frente».
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O Eurostat divulgou hoje que a taxa de desemprego em Portugal desceu em julho, pelo terceiro mês consecutivo, para os 16,5% e reviu em baixa os valores dos últimos meses.
«Não iremos precipitar-nos na análise dos dados do Eurostat», declarou o primeiro Ministro aos jornalistas, em Bragança, apontando que a tendência descendente do desemprego pode não manter-se.
«Sabemos que foi o terceiro mês consecutivo em que o valor do desemprego baixou, o Eurostat fez também uma correção dos meses anteriores, o que significa que esta baixa, neste mês, de facto é maior do que aquilo que parece, afinal o desemprego não terá sido tão elevado quanto foi divulgado nos últimos três meses, agora, nós sabemos que ainda temos um caminho muito complexo à nossa frente, é natural que a taxa de desemprego não tenha um percurso linear sempre descendente», declarou.
O primeiro-ministro considerou ainda que o recuo da taxa de desemprego «não é um resultado suficiente, mas é mais um resultado que mostra» que o país tem «a possibilidade ao alcance de construir um caminho de recuperação da economia e de alguma esperança para os portugueses que têm feito tantos sacrifícios ao longo destes últimos dois anos».
«O que nós precisamos nesta fase é de proteger muito bem estes dados de recuperação económica que têm vindo a aparecer, reforçar a determinação do país e do Governo em alcançar as nossas metas porque visivelmente isso favorece a visão de Portugal e melhora a possibilidade de nós podermos regressar a mercado e com isso termos mais financiamento para que a nossa economia possa crescer», concluiu.
Segundo o gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, o Eurostat, que reviu em baixa de 0,7 pontos percentuais a taxa de desemprego verificada em Portugal em junho -- dos divulgados 17,4% para 16,7% -, no mês passado verificou-se novo recuo, de 0,2 pontos, para os 16,5%, tendo Portugal deixado de ser o terceiro país da UE com uma taxa mais elevada, e passado a ser o quinto.