O primeiro-ministro confirmou que até ao final de março, cerca de 80% das pessoas com mais de 80 anos vão estar vacinadas.
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O primeiro-ministro lembrou que as decisões em matéria de vacinação não pertencem ao Governo. Depois do Conselho de Ministros, António Costa afirmou que as decisões são tomadas tendo em conta as especificações próprias de cada um dos fabricantes e que a falta de vacinas levou a uma adaptação do plano.
"Há um menor número de vacinas produzidas e distribuídas. E uma das vacinas, a da AstraZeneca, não é aplicável a toda a população, aos maiores de 65 anos. Isto significa que no conjunto do plano de vacinação teve de haver um duplo ajustamento", afirmou.
Quanto ao rastreio, sublinhou que o país não tem, neste momento, inquéritos epidemiológicos em atraso.
"Os militares mantêm-se em estado de prontidão caso seja necessário aumentar o número de rastreios. O Ministério da Saúde está a preparar um alargamento muito significativo das ações de testagens, através da recolha de saliva", ressalvou Costa.
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O governante assumiu que é objetivo do país vacinar integralmente os maiores de 50 anos com doenças associadas. Ainda assim, "não conseguiremos alcançar o objetivo até ao final de março pela vacina da AstraZeneca não poder ser administrada a pessoas com mais de 65 anos."
Por outro lado, Costa confirma que até ao final de março, mais de 80% das pessoas com 80 anos vão estar vacinadas. "Podemos assegurar o cumprimento da meta de termos a vacinação integral de todos os maiores de 50 anos mas com menos de 65 anos e que tenham comorbilidades associadas", disse.
Costa nota que o país "ainda está longe de garantir a imunidade dos mais vulneráveis", o que recomenda prudência. "Procedemos à avaliação quinzenal da pandemia. Cada estado de emergência é avaliado a cada 15 dias, e o conjunto das medidas em concreto são assumidas em função da evolução", lembrou.
Costa aponta para daqui a duas semanas "fazer uma outra avaliação do nível de medidas", e assume que é o primeiro a querer "virar a página do desconfinamento".
"Principal mensagem: temos de ficar confinados nos próximos 15 dias"
António Costa reforçou que o decreto-lei é idêntico ao de há 15 dias, pelo que as medidas em vigor continuam a ser as mesmas para o próximo período do estado de emergência.
O primeiro-ministro assumiu que uma das lições da pandemia deve ser "evitar confundir os cidadãos com mensagens sofisticadas que acabam por induzir comportamentos em erros", justificando a falta de um plano de desconfinamento.
"Temos de ficar confinados nos próximos 15 dias. Esta é a principal mensagem", disse.
Costa assumiu que é desnecessário adiantar a discussão, "do que deve ser discutido no momento próprio". O Governo vai apresentar o plano de desconfinamento para o país dentro de 15 dias.
"Tal como o fizemos há um ano, será um plano de desconfinamento gradual e que será guiado por um conjunto de critérios objetivos que nos permitam ir medindo aquilo que é a evolução da pandemia. No dia 11 de março esse trabalho será apresentado publicamente depois da apresentação nas sessões de Infarmed e da validação pelo Governo", explicou o primeiro-ministro.
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