Há "versões desencontradas" no caso do navio português que colidiu com barco venezuelano
Augusto Santos Silva garante total colaboração de Portugal para apurar ar "as razões e os responsáveis" pelo acidente.
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Augusto Santos Silva considera "lamentável" o incidente que envolveu uma embarcação de bandeira portuguesa e um navio da marinha venezuelana.
Em declarações à TSF, o ministro dos Negócios Estrangeiros diz que é preciso apurar "as razões e os responsáveis" pela colisão entre o navio cruzeiro Resolute e o barco da guarda costeira Naiguatá GC-23, que provocou o naufrágio da embarcação venezuelana.
Segundo o o chefe da diplomacia portuguesa "há versões desencontradas" da mesma história: não há consenso sobre se o navio estava em águas territoriais venezuelanas ou águas internacionais e sobre a forma como foi prestado o socorro legalmente devido aos náufragos.
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Neste momento navio cruzeiro de bandeira portuguesa está no porto de Willemstad, na ilha de Curaçau, sob tutela das autoridades administrativas e judiciais holandesas, e Augusto Santos Silva garante que "Portugal colaborará, evidentemente, quer com a Venezuela quer com a Holanda no apuramento integral deste incidente".
Segundo o Ministério da Defesa da Venezuela, o barco da guarda costeira realizava "tarefas de patrulhamento marítimo" no mar territorial venezuelano quando "foi atingido pelo navio de passageiros Resolute a norte da ilha de La Tortuga.
A Venezuela acusa ainda o navio Resolute de não ter atendido ao "resgate da tripulação, violando os regulamentos internacionais que regulam o resgate da vida no mar". A tripulação terá sido resgatada pelas autoridades venezuelanas.
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou mesmo o cruzeiro de bandeira portuguesa Resolute de ter realizado um ato de "terrorismo e pirataria", argumentando que "se tivesse sido um barco de turistas não teria tido essa atitude de querer agredir".
"É como se um gigante pugilista de 100 quilogramas agarrasse um menino pugilista e o golpeasse", frisou.