"Aqueles que possam evitar tentem não entrar na cidade", apela o presidente da câmara de Lisboa.
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Em direto na TSF, o presidente da câmara de Lisboa fala de uma "situação difícil", muito comparável com o que aconteceu há uma semana, e apela aos lisboetas que fiquem em casa se possível.
"Temos muitas zonas da cidade que estão em estado de catástrofe", afirma Carlos Moedas, ressalvando que usa a palavra no sentido "informal" (não vai ser decretado estado de calamidade).
"Temos aqui basicamente seis dias de diferença entre o último evento e realmente torna-se uma catástrofe no sentido informal da palavra - não no sentido formal da palavra - mas para quem está a viver esta situação, para os lisboetas que ficaram sem nada, sem casa, é realmente uma catástrofe."
"Nunca vivemos tão rapidamente e tão com uma frequência de passar de uma semana para a outra acontecer exatamente a mesma coisa com esta violência", lamenta Moedas, afirmando que as alterações climáticas estão a contribuir para situações meteorológicas extremas como esta.
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Foram registadas em Lisboa mais de 250 ocorrências durante a noite provocadas pela chuva forte. Caíram mais de 30 mm de água numa hora (o que compara com 40 mm na madrugada da última quarta-feira). "Foi muito intenso durante pouco tempo", nota o autarca.
Carlos Moedas apela aos lisboetas que não saiam de casa nas próximas horas (pelo menos até às 11h00 e lembra que será muito difícil entrar na cidade devido às estradas cortadas e túneis, como o túnel do Marquês fechados. "Aqueles que possam evitar tentem não entrar na cidade."
"É o melhor que podemos fazer. Para tentar evitar uma situação caótica aqui na cidade", reforça.
Também ainda não há hora para o regresso à normalidade dos transportes em Lisboa, aponta Carlos Moedas. Os autocarros da Carris não estão a circular e o Metro de Lisboa está a funcionar com muitos constrangimentos.
Não há feridos a registar até ao momento, mas há muitos danos materiais, aponta Carlos Moedas. Várias pessoas tiveram de ser retiradas de casa.
"Temos que estar mais preparados. Estamos a preparar-nos para realmente fazer mudanças estruturais cidade", assegura Carlos Moedas.