Habitação em Évora. Associações denunciam excesso de entraves à aprovação de projetos
Responsáveis consideram que a burocracia vai comprometer as metas e os prazos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência.
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Com as eleições autárquicas à porta, esta sexta-feira de manhã em Évora discutiu-se o tema da habitação numa altura em que estão a chegar os dinheiros da bazuca europeia. Jorge Raposo, presidente da cooperativa de habitação social Giraldo Sem Pavor, denuncia o excesso de entraves à aprovação de projetos e considera que esta burocracia vai comprometer as metas e os prazos previstos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
"Penso que o PRR neste momento vem em contraciclo. É importante ter aparecido exatamente quando fazia falta, no início da crise, quando as empresas começaram a fechar e não havia trabalho. Aí, se viesse o PRR, tinha sido bestial. Agora não temos empresas suficientes, pessoal nem condições para implementar a habitação que está prevista e o que vai acontecer é que, ao tentar aumentar a procura de construção e implementação de habitação vai-se, necessariamente, fazer subir os preços", explicou à TSF Jorge Raposo.
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Também Henrique Gil, presidente da Associação Académica da Universidade de Évora, considera que este PRR peca por excesso de otimismo.
"É muito otimista, demasiado otimista e coloca prazos altamente curtos. O PRR até vem reforçar planos que já existiam anteriormente e encurtar os prazos dos mesmos. Além das dificuldades que o PRR vai criar. Não é qualquer pessoa que, neste momento, se vai candidatar a projetos do PRR. Os acessos não estão facilitados e são limitados", acrescentou Henrique Gil.
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