Pedro Pereira alimenta os festivaleiros do NOS Alive desde sempre. É "uma aventura" num lugar que é todos os lugares do mundo.
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Pedro Pereira, amante de música, apologista da globalização, vendedor de cachorros-quentes.
É o orgulhoso dono da Willy, uma rulote vermelha que se destaca pelo tamanho singelo entre as dezenas de concessionários de restauração no NOS Alive: cada vez mais, cada vez maiores, e com todo o tipo de comida, às vezes inusitada num festival.
O cachorro-quente é a refeição perfeita para ouvir música porque "tem pouco manuseamento". Segura-se numa mão, a outra agarra um copo, as pernas ficam livres para dançar. Sem talheres, as pessoas são mais felizes.
A receita é simples - pão, salsicha e o "cliente pode pôr meio quilo de molhos se lhe apetecer." Às vezes faz-se bagunça, até já houve quem usasse a maionese como arma numa guerra de condimentos, "mas não faz mal. Eu quero é que as pessoas se divirtam".
É essa energia que atrai Pedro Pereira e que o traz ao Passeio Marítimo de Algés desde a primeira edição dos NOS Alive, em 2017.
"Ver este público radiante, a saltar a pular, a brincar, é muito saudável", conta à TSF. "É simples. A riqueza está no interior das pessoas e nota-se isso."
Atrás do balcão do Willy, Pedro Pereira gosta de perguntar aos clientes de onde são e gosta de ouvir respostas como as que recebeu ontem: "Noruega, Nova Zelândia, Austrália, Tailândia".
"É uma coisa impressionante. Estamos aqui e parece que estamos não em Portugal, não nos Estados Unidos, mas num ambiente global, de todas as nacionalidades. Acaba por ser uma aventura."
Com 50 anos completados esta sexta-feira, Pedro Pereira é comerciante de profissão. Vender cachorros acaba por ser um hobby, que também é um reforço para a carteira, e ajuda-o a "sair do stress do dia a dia".
Gosta de música, mas ainda está à espera que os Van Halen atuem um dia no Alive. A banda de hard rock norte-americana formada em 1972 voltou às digressões, portanto "fica a dica".