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O secretário de Estado da Administração Pública admite reduzir o horário de trabalho após a atual «fase de emergência» e diz que 31 mil trabalhadores deixaram a Função Pública.
Um total de 31 mil trabalhadores deixou a Função Pública desde janeiro de 2012 a março de 2013. A redução de pessoal foi contabilizada hoje pelo secretário de Estado da Adminsitraçao Pública.
Numa audição na Comissão Parlamentar de Orçamento e Finanças, Hélder Rosalino sublinha a redução na despesa do Estado, nomeadamente com pessoal.
O secretário de Estado da Administração Pública admitiu também a possibilidade de reduzir o horário de trabalho, que agora pretende alargar das 35 para as 40 horas semanais, após a atual «fase de emergência» de Portugal.
«Admito que ultrapassada esta fase de emergência, possa estar colocada a possibilidade de alterar novamente o horário de trabalho», disse Helder Rosalino, em resposta à deputada socialista Isabel Santos, sem explicar se tal significa poder regressar às 35 horas semanais.
O governante deu exemplos de vários países europeus onde os horários de trabalho são superiores a 35 horas semanais, como a Alemanha, onde são 41 horas, ou a Espanha, com 37,5 horas.
«Não me parece que a passagem para as 40 horas seja uma medida muito lesiva, tem até vantagens e mais segurança no emprego. Somos um país com grandes dificuldades económicas e julgo que os funcionários públicos devem dar um contributo. Até a Finlândia tem mais horas, Portugal é o único desta lista que tem 35 horas», disse.