Helicóptero de Viseu em Ovar? Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar admitem que rapidez de transporte pode ser "prejudicada"
Em declarações à TSF, Rui Lázaro sublinha que a viagem, com partida em Viseu, para a Guarda ou Covilhã é "bastante mais rápida", do que se descolar em Ovar. Pelas suas contas, são cerca de 40 minutos poupados
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O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar admite que a rapidez do transporte aéreo possa ficar comprometida no interior-centro do país, caso o helicóptero que devia estar alocado à base de Viseu for substituído por uma base no litoral, como é o caso de Ovar.
Em declarações à TSF, o presidente do sindicato é cauteloso e adianta que vai aguardar pelo início da operação — que arranca a 1 de julho — para assumir uma posição oficial. Afirma, contudo, a informação que dispõem até agora é de que os helicómetros da Força Aérea, que irão assegurar o serviço de forma temporária, vão estar localizados nas bases onde opera o INEM.
"Pela perceção que tivemos da informação que foi disponibilizada pelo Governo, nesta fase inicial, os helicópteros que a atual empresa não conseguirá garantir serão substituídos por helicópteros da Força Aérea, nas proximidades das bases atuais do INEM. Se assim for, fica garantido o serviço", assegura.
Em causa está uma comunicação interna do INEM a que a Lusa teve acesso, que dá conta que estarão disponíveis helicópteros nas bases de Macedo de Cavaleiros e Loulé; no dia 15 de julho estará disponível um helicóptero em Évora, "e é previsível a disponibilidade de aeronave para a base de Viseu (...) durante o mês de agosto". Ainda assim, os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar não tiveram até agora conhecimento desta informação.
Assim, se se vier a verificar que as bases de localização dos helicópteros são diferentes daquelas onde opera o INEM, então Rui Lázaro entende que "a reposta poderá ser mais demorada".
"Se de alguma forma, como é sugerido pelo Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil, durante um período de tempo, o helicóptero que devia estar alocado à base de Viseu for substituído por um numa base no litoral — como em Ovar, onde existe uma base de Força Aérea — pode ficar essa região do interior-centro um pouco desguarnecida, onde a resposta poderá ser mais demorada", reconhece.
Rui Lázaro sublinha que a viagem, com partida em Viseu, para a Guarda ou Covilhã é "bastante mais rápida", do que se partir de Ovar. Pelas suas contas, são cerca de 40 minutos poupados.
Insiste, contudo, que a pela informação a que tiveram até agora acesso, os helicópteros, mesmo sendo da Força Aérea, serão alocados nas bases onde estão as aeronaves ao serviço do INEM.