Historiador acredita que abusos sexuais não vão pôr em causa "futuro da igreja"
Paulo Fontes antevê que estas denúncias representem apenas um dos temas que vão exigir uma reflexão interna da igreja nas próximas décadas.
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O historiador Paulo Fontes defende que o processo de denúncia de abusos sexuais não vai pôr em causa do futuro da igreja a longo prazo. Este especialista em igreja católica antevê que estas denúncias representem apenas um dos dossiers que vão exigir uma reflexão interna da igreja nas próximas décadas.
"Seguramente não será este o único processo que marcará o presente e o futuro da igreja, seja em Portugal ou no resto do mundo, assim como a dinâmica da própria sociedade porque, no fundo, há que não esquecer que embora este seja um problema central e muito importante hoje na consciência da igreja em Portugal, não se esgota neste processo ou dossier mediático. Nenhum de nós tem uma bola de cristal e pode ser profeta do que vai acontecer", explicou à TSF Paulo Fontes.
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Segundo Pedro Strecht, coordenador da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, houve até agora "424 testemunhos recolhidos", mas "o número mínimo de vítimas será muitíssimo maior do que as quatro centenas e os abusos compreendem todas as formas descritas na lei portuguesa".
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