É o segundo caso de mortes em salas de espera de urgências de hospitais públicos em menos de um mês.
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Um homem de 60 anos morreu na sala de espera das urgências do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, depois de ter estado mais de três horas à espera de ser atendido.
O caso aconteceu a 31 de janeiro, quando o doente, que sofria de diabetes e hepatite C, se dirigiu ao hospital após se ter sentido mal.
Na triagem, foi atribuída ao homem uma pulseira amarela (destinada a casos urgentes), mas, ainda assim, o homem esteve à espera desde as 17h30 até às 21h00, hora a que acabou por morrer.
Os familiares da vítima apresentaram uma reclamação escrita à administração do hospital. O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo adiantou ao Correio da Manhã que já foi instaurado um processo de inquérito.
"O Conselho de Administração teve conhecimento dessa morte, que lamentamos como qualquer outra. A única coisa que fizemos foi abrir um processo de inquérito para apurar tudo o que envolveu esta morte", disse o diretor clínico do Hospital de Beja, José Aníbal Soares, em declarações à TVI.
"Foi uma situação um pouco anómala, porque houve um fluxo elevado de doentes - e, ainda mais, era um dia de greve, no qual o serviço de urgência estava completo relativamente aos profissionais que é normal ter", afirmou o responsável do hospital.
"São situações que nunca esperamos, mas que acontecem e que não podemos controlar", declarou. "Vamos esperar que o inquérito decorra e, a partir daí, tomar as decisões que houver para tomar."
Este é já o segundo caso, em menos de um mês, de morte registada nas salas de espera das urgências de hospitais públicos em Portugal.
A 10 de fevereiro, um homem de 65 anos morreu depois de ter esperado seis horas para ser atendido no Hospital de Lamego.
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Notícia atualizada às 12h41