O Ministério Público vai abrir um inquérito a morte de recém-nascido transferido do Algarve, depois de os hospitais em causa estarem a investigar o caso.
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O Ministério Público determinou a abertura de um inquérito às circunstâncias da morte do recém-nascido da grávida que foi transferida do Algarve para o hospital Amadora-Sintra.
O Hospital de Faro vai abrir inquérito à morte de bebé. É o jornal Público que avança com a informação , depois de esta quarta-feira o Correio da Manhã ter noticiado a morte de um bebé nascido depois de transferência às 32 semanas de gravidez da progenitora, e que teve de ser transferida de Faro para o Amadora-Sintra, em Lisboa, por insuficiência de recursos no Algarve, nomeadamente falta de incubadoras.
A mulher grávida apresentava um quadro de pré-eclâmpsia, que se traduz em hipertensão na gravidez, e de descolamento da placenta.
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O Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) tratou agora de esclarecer que, após a avaliação clínica da grávida, foi cumprido o "protocolo definido para situações semelhantes". O hospital "procedeu ao envio da utente para o Hospital Doutor Fernando da Fonseca (Amadora-Sintra), tal como definido nas redes de referenciação hospitalar", refere a instituição, em comunicado aos jornalistas.
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Tal procedimento deveu-se à sobrelotação da unidade de cuidados neonatais. De acordo com o Hospital de Faro, "a grávida foi encaminhada, em condições de segurança e monitorização adequadas, para o HFF".
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O Hospital Amadora-Sintra também decidiu abrir um inquérito para averiguar o caso, indicou à agência Lusa fonte oficial.
"O Conselho de Administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca decidiu abrir um inquérito interno para averiguar os factos relativos a este caso que culminou com a morte do recém-nascido", refere a administração do hospital Amadora-Sintra, numa resposta enviada à agência Lusa.
O Hospital já tinha dito que, após uma "averiguação sumária", se concluiu que a grávida foi "prontamente assistida", tendo-lhe sido "dispensados todos os cuidados de saúde necessários, segundo as boas práticas clínicas".
O Ministério da Saúde está a "acompanhar a situação junto dos hospitais, aguardando os resultados das diligências de averiguação em curso".