Hospital do Oeste? Autarca das Caldas da Rainha acusa Governo "de clientelismo" que adia soluções
Vítor Marques continua a defender a construção do Hospital do Oeste no seu concelho e acusa o primeiro-ministro de continuar a adiar problemas que precisam de soluções
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O presidente da câmara municipal das Caldas da Rainha ficou surpreendido com as afirmações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que afirmou, num comício, na segunda-feira à noite, que a decisão sobre o futuro hospital do Oeste só será tomada depois de “um processo de avaliação aprofundado e fundamentado”.
Vítor Marques continua a defender a construção do Hospital do Oeste no seu concelho, mas, em declarações à TSF, diz estranhar o adiamento do processo “quando [o Governo] teve dois anos para fazer o estudo e não o fez”.
"Aquilo que estamos aqui a fazer é continuar a adiar um problema que temos há muito tempo no Oeste, não é só nas Caldas, é mesmo no Oeste”, acentua.
“Ficamos muito tristes e desiludidos com este tipo de política de continuarmos a adiar problemas que precisam de soluções”, critica. O autarca, que era militante do PSD até há quatro anos, concorreu como independente e venceu, retirando ao PSD uma autarquia que era social-democrata há 36 anos.
Vítor Matos, que sempre considerou que as Caldas da Rainha seria a melhor localização para o futuro hospital, considera que o estudo que deu a localização no Bombarral é “aberrante”, porque só apresentava dois critérios (localização e perfil assistencial). ”É impossível fazer-se uma decisão desta natureza, um investimento de 150 milhões que tem tanta coisa em causa, só com dois critérios”, considera.
O autarca lembra que já pediu audiências a “diversas áreas governamentais”, mas nunca teve oportunidade de apresentar os seus “problemas”. “Talvez por sermos um movimento independente”, sugere.
“Depois os mesmos governantes que não têm tempo para nos atender têm a oportunidade de vir a várias ações de política e de campanha ao nosso território.” critica. “Portanto, o que eu vejo neste Governo é um Governo de clientelismo que realmente parece que faz as coisas para aqueles que são os seus clientes partidários, quando o que nós temos de fazer é governar para todos”, afirma.