O Conselho de Administração considerou hoje que está a gerar um «alarmismo desnecessário» o documento de 42 diretores de serviço, sobre situações graves no Hospital Garcia de Orta.
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A direção do hospital diz, em comunicado enviado à TSF, que as «situações ou problemas graves não correspondem à realidade» da instituição, causando «alarmismo desnecessário».
A administração refere que o Hospital Garcia de Orta, «mercê de todo o esforço dos profissionais, fez um grande esforço nos últimos anos para melhorar a eficiência e a qualidade».
Sublinhou ainda que «o sistema de qualidade foi reconhecido internacionalmente» e acentuou que a «eficiência passou de uma situação deficitária para uma situação de 'superavit'».
«Com a ajuda do Ministério da Saúde foi já possível amortizar a maior parte da dívida acumulada e encurtar os prazos de pagamento», lê-se na nota enviada à imprensa, acrescentando a administração do hospital que se está a «encontrar algumas soluções para resolver os problemas ao nível dos recursos humanos».
«Devido à limitação dos recursos públicos, não temos conseguido que a atividade do Hospital seja totalmente financiada, o que se traduz de facto em algumas dificuldades, designadamente, ao nível da renovação e manutenção das infraestruturas e do parque tecnológico, mas estamos com o Ministério da Saúde a tentar encontrar soluções».
Em documento a que a Lusa teve acesso, 42 diretores de serviço do Hospital Garcia de Orta denunciaram situações graves na instituição, como o adiamento de cirurgias, consultas e exames por falta de profissionais e equipamentos ultrapassados.
Contactado pela TSF, o Ministério da Saude informou que já recebeu o documento assinado pelo diretores de serviço do Garcia de Orta, mas remete para mais tarde um comentário.