Para junho as marcações ainda são poucas mas os hoteleiros esperam que em julho e agosto o mercado interno anime o verão.
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Os hoteleiros do Algarve já veem uma luz ao fundo do túnel. Ainda são intenções muito tímidas mas começam a aparecer reservas já para o mês de junho.
"As pessoas ligam a perguntar como será a utilização da praia, como irá funcionar o hotel e muitas delas efetivam reservas", conta o diretor do hotel D. José, em Quarteira.
João Soares, que é também representante da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) no Algarve, conta que esse interesse parte sobretudo do mercado interno. Tal como ele, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) acredita que será sobretudo o turismo interno a animar este verão.
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"Há uma intenção dos hotéis reabrirem já no mês de Junho, sobretudo na segunda quinzena, ou no início de julho para responder ao aumento da procura por parte dos nacionais", diz Elidérico Viegas
No entanto, o setor está também à espera das resoluções dos países europeus em relação às viagens para o exterior.
"Os clientes estão expectantes quanto às medidas que os países vão tomar em relação à aviação e às quarentenas impostas por alguns países, sobretudo Inglaterra que é o mercado de que mais dependemos", conta João Soares.
Apesar dessa situação, este hoteleiro afirma que já tem reservas de estrangeiros para os meses de julho, agosto, setembro e outubro, efetuadas antes de começar a pandemia.
O setor acredita também que a boa imagem que o Algarve tem passado, com poucos infetados com covid-19, irá estimular o turismo interno e mesmo o estrangeiro.
"A generalidade da imprensa estrangeira vem refletindo essa situação e portanto isso tem funcionado a nosso favor", refere Elidérico Viegas.
No entanto, os hoteleiros sabem que o verão de 2020 ficará muito longe dos números de anos anteriores em que houve hotéis a registar 100% de ocupação. Para um ano que é atípico as expectativas são baixas "50% já seria excelente", acredita João Soares.