Hotelaria prevê 75% de ocupação no Natal e preços acima de 200 euros para o réveillon
A estimativa é baseada nos dados do inquérito realizado entre os dias 27 de novembro e 10 de dezembro pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), a partir dos 293 estabelecimentos que responderam ao questionário sobre taxas de ocupação, preço médio, reservas e mercados emissores.
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Apesar do quadro geopolítico internacional, tudo aponta para que o turismo volte a bater recordes em Portugal, quer no número de estadias, quer de receitas, e a tendência parece manter-se nesta reta final do ano.
Para o período de Natal, diferentes regiões do país, como o Norte e Centro indicam 37% de reservas on the book e noutras zonas, como Lisboa e Algarve, superam os 47% a mais de 60%.
Já quanto a preço médio, entre 22 e 26 de dezembro, o custo por noite vai subir 14%, de 118 euros para os 135 euros, quando comparado 2022 com 2023.
As perspetivas para o fim de ano, de acordo com as respostas dos hoteleiros ao último inquérito da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP), apontam para uma subida de 14% da taxa de ocupação face à verificada no ano passado em todo o país, com cada vez mais interesse estrangeiro, para o Réveillon na Madeira, que continua a ser a região portuguesa campeã de reservas.
O preço médio por noite no fim de ano sobe 3% face ao ano passado, ou seja, entre 30 de dezembro a 2 de janeiro, deverá atingir os 169 euros, mais cinco euros do que o preço médio registado em 2022.
Mas passar o ano em Lisboa será mais caro. A área metropolitana espera uma subida entre 62 e 83% das reservas e preços por noite superiores a 200 euros.
O réveillon no Algarve deverá registar o aumento mais expressivo, dos 133 em 2022 para os 161 euros por noite em 2023, numa região que estima uma ocupação de até 74%, acima dos 60% conseguidos no ano passado.
A surpresa chegará da Madeira, com preços médios previstos nos 250 euros por noite, ou seja, uma descida de 7% face ao valor cobrado o ano passado e uma taxa de ocupação calculada entre 87% e 92%.
Já no balanço da Web Summit, que viu a edição deste ano marcada pela demissão do guru Paddy Cosgrave após declarações sobre a guerra de Israel em Gaza que levou à debandada das gigantes tecnológicas norte-americanas, foi analisado o período entre 20 de novembro e 10 de dezembro: a AHP conclui que 81% dos hoteleiros manteve taxas de ocupação elevadas, com um aumento do preço médio, quer na cidade de Lisboa, quer na área metropolitana, como fez saber na apresentação Cristina Siza Vieira vice-presidente da comissão executiva da AHP.