A AHETA sublinha que a situação critica no setor turístico vai durar muito tempo e pede que o Governo faça deduções no IRS a quem passe férias em Portugal
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O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas,
considera que tudo indica que a retoma no turismo irá demorar muito tempo, "talvez na Páscoa do próximo ano".
Nesse sentido, "as empresas só poderão suportar os 30% dos 66% dos vencimentos dos trabalhadores durante cerca de 2 meses".
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Os hoteleiros consideram "urgente que o Governo decida assumir a totalidade dos 66%, caso contrário as empresas terão de extinguir postos de trabalho, uma situação que é preciso evitar a todo o custo", afirmam em comunicado.
Os hoteleiros consideram ainda necessário o Governo "estipular um prazo máximo de 15 dias para as instituições financeiras se pronunciarem, independentemente dos detalhes processuais posteriores", na concessão de crédito às empresas.
Para a AHETA, "o Governo não pode descartar a hipótese de conceder financiamentos a fundo perdido ao setor turístico".
Sem esse apoio, as empresas acreditam que "não poderão ser competitivas aquando do reinício de uma recuperação que se prevê lenta, progressiva e muito prolongada".
A AHETA defende a necessidade de reorientar toda a estratégia promocional do país e de regiões como o Algarve, assim como o funcionamento, missão e objetivos do Turismo de Portugal.
A Associação considera que o mercado interno terá grande importância na recuperação turística, por isso"o Governo deve aprovar a dedução no IRS dos portugueses que façam férias no próprio país, durante um período de dois anos."