Hoteleiros do Algarve querem o dobro dos postos e mais litros de combustível por carro
O representante dos hoteleiros Elidérico Viegas sublinha que "o Algarve não pode ser equiparado a uma zona urbana como Lisboa ou Porto" e que há muitos turistas na região nesta altura do ano.
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O presidente da Associação de Hoteleiros do Algarve defende que o número de postos de combustível de emergência na região é insuficiente e apela ao Governo para que aumente o número de litros de combustível por carro.
Em entrevista à TSF, Elidérico Viegas adianta que seria necessário "o dobro dos postos de combustível que estão definidos (22)" e que "fosse revista a questão dos 15 litros" por pessoa.
O representante dos hoteleiros sublinha que "o Algarve não pode ser equiparado a uma zona urbana como Lisboa ou Porto, mas como uma região que tem 150 quilómetros de ponta a ponta".
"Muita gente se encontra na região, está cá a passar férias, precisa de regressar às suas terras de origem e, naturalmente, 15 litros de combustível não são suficientes para regressarem às suas residências", remata.
No mesmo plano, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (APETRO) garante que a falta de combustível no Algarve, em vários pontos da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), deve-se ao incumprimento dos serviços mínimos na refinaria de Sines.
Ouvido pela TSF, o assessor da APETRO, João Reis, admite que o sul continua a ser a zona mais afetada pela falta de combustível, à semelhança do que aconteceu no primeiro dia da greve dos motoristas, mas que a situação deverá regressar à normalidade durante o dia de hoje.
"O problema é que ontem não saíram carros de Sines para abastecer essa zona do país. Hoje sim, no turno da manhã, saíram carros para baixo, portanto diria que essas situações pontuais durante o dia de hoje estarão resolvidas. Na rede REPA estou convencido que toda ela ficará a funcionar normalmente. Os postos REPA são postos de emergência, como o nome indica, e esses deverão ter sempre combustível, por isso a situação vai certamente ficar resolvida hoje."
João Reis explica ainda que a situação no resto do país está dentro do previsto: "A nível nacional a situação não está má. Claro que há alguns postos secos, outros sem alguns produtos. A zona mais afetada é sem dúvida o Algarve, devido ao efeito migratório do verão, mas hoje decorreram com normalidade as primeiras saídas [em Sines], portanto a tendência é que a situação naturalmente melhore."