Especializado em investigação em terapias génicas e celulares, o novo espaço representa um investimento de 25 milhões de euros e pretende criar mais 150 postos de trabalho.
Corpo do artigo
O IBET - Instituto de Biologia experimental e tecnológica inaugura esta sexta-feira um novo espaço com mais de 30 laboratórios, no qual pretende criar mais 150 postos de trabalho e que vai permitir ampliar a capacidade de desenvolver projetos, desde a fase da descoberta, ao desenvolvimento e até à produção, de lotes de biológicos para ensaios clínicos em humanos e para estudos veterinários.
Para já, soma os primeiros 50 novos investigadores aos 160 que já tem a trabalhar na ponte entre ciência e indústria farmacêutica mundial e reserva para os anos seguintes a criação de mais 100 postos de trabalho altamente qualificados.
O novo espaço foi batizado de iBET Biofarma e pretende ser um centro de excelência de investigação na área de desenvolvimento de processos para a produção de biológicos e novas terapias, nomeadamente terapias génicas e terapia celular.
Nesta área, existem requisitos a nível de infraestrutura e de espaço, muito específicos e especializados e a atual equipa já não tinha espaço para poder abraçar muitos projetos, adianta Paula Alves, CEO do iBET, Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica, professora e investigadora da Universidade NOVA de Lisboa.
Para a gestora, a nova estrutura vai permitir o crescimento do iBET por dar uma capacidade que o diferencia em Portugal, ao permitir aumentar a investigação, o desenvolvimento e até o ensaio clínico e vai permitir criar emprego qualificado e reter talento, num setor em que os jovens optam muitas vezes pela emigração.
O novo centro conta com 30 novos laboratórios e também uma estrutura diferenciada e com um nível muito elevado de segurança para trabalhar com microorganismos como bactérias ou vírus patogénicos.
Para o equipamento específico para o trabalho nestas áreas, haverá suporte da Agência Nacional de Inovação (ANI), por ser uma infraestrutura única em Portugal, onde vai ser possível fazer o desenvolvimento de produtos biológicos, que será depois associado a uma unidade de manufatura, a GeniBET, que permite fazer produção de biológicos para lotes de ensaios clínicos, em humanos e para estudos veterinários.
O novo edifício representa um investimento de 25 milhões de euros, parte suportado por capitais próprios, parte cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), por se tratar de um centro de valorização e transferência de tecnologia.
O primeiro-ministro é a grande ausência de uma cerimónia a que não vão faltar outros membros do governo, desde a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes e Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
O Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (iBET) nasceu há 34 anos, da vontade de especialistas portugueses em fazer o país evoluir, trabalhando em conjunto com as universidades e as empresas, para criar riqueza em Portugal e em quase três décadas viu na internacionalização dos seus projetos o caminho para a sua evolução, sendo agora uma instituição científica única no país, parceira das grandes marcas da indústria farmacêutica.
Para Paula Alves, colocar a ciência portuguesa no mapa, criando uma rede de conhecimentos e relações, entre instituições académicas e empresas, desde PME às grandes indústrias, são uma mais-valia para o país.
Já hoje o IBET trabalha muito com a indústria, maioritariamente internacional mas promete para breve novos projetos com a indústria farmacêutica nacional, na resposta a problemas que lhe apresentam e que precisam de resolução rápida, mas também desenvolve projetos sem uma finalidade concreta mas que contribuem para o conhecimento científico.