Iggy Pop quis gravar o concerto de Vilar de Mouros. Festival regressa de 24 a 26 de agosto de 2023
Recinto da mítica aldeia de Caminha acolheu no último dia do festival "mais de 22 mil pessoas" para assistir a concertos de nomes maiores da música como Iggy Pop e Bahaus, e ainda aos portugueses The Mirandas, Blind Zero e The Legendary Tigerman.
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O festival de Vilar de Mouros terminou na madrugada deste domingo com ânimo para se superar a si próprio pelo sucesso alcançado nos últimos três dias e já com datas marcadas para regressar no próximo ano.
Segundo Diogo Marques da organização, a edição de 2023 vai realizar-se de 24, 25 e 26 de agosto e em breve serão divulgados já alguns nomes do cartaz. Ontem, último dia de festival, o recinto da mítica aldeia de Caminha acolheu "mais de 22 mil pessoas" para assistir a concertos de nomes maiores da música como Iggy Pop e Bahaus, e ainda aos portugueses The Mirandas, Blind Zero e The Legendary Tigerman.
Provocador (entrou em palco com os dedos dos meio apontados ao público e tirou a camisa logo na primeira música) e habituado a arrebatar públicos, Iggy Pop delirou com o cenário que o esperava quando subiu a palco e pediu para que o concerto fosse gravado.
"Foi um pedido de última hora [à organização]. Pediu-nos para gravar o concerto para memória futura. Quando entrou em palco, apercebeu-se da multidão que tinha à sua frente e de como as pessoas estavam ansiosas de o ver e interagir com ele. Quis que ficassem gravadas todas essas reações. Gravamos e vamos entregar-lhe", contou Diogo Marques.
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Somando o público que assistiu ao histórico concerto do músico de 75 anos, ao dos dias anteriores (16 200 pessoas na quinta-feira e 16 700 na sexta, de acordo com números adiantados pela organização), passaram pelo recinto "mais 55 mil" festivaleiros.
Aos Bahaus de Peter Murphy, coube "a cereja em cima do bolo" do Vilar de Mouros deste ano. Cumpriram um concerto num registo bem diferente do do avassalador Iggy, mas ainda assim, mantendo o dom para o palco ao mesmo nível [da estratosfera]. E com uma energia que teve tanto de escura como de hipnotizante.
O trabalho da organização será agora suplantar a fasquia desta edição. "Seguiremos a mesma linha, que seguimos deste 2016, isso é garantido. Superar? Nós só sabemos trabalhar dessa forma, que é superar os nossos objetivos de ano para ano. Superar números e expectativas. Este ano, já superamos muitas expectativas de muita gente", adiantou Diogo Marques.
Quando regressar dentro de um ano, o evento de música que nasceu em 1971 em Vilar de Mouros, contará 52 anos de história.
