A Igreja Católica espera que o próximo Orçamento do Estado poupe as instituições de solidariedade social, defendendo que o Governo deve proteger quem cuida dos mais desfavorecidos.
Corpo do artigo
O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) disse compreender que o documento contemple medidas duras, mas, ainda assim, lembrou que o Governo deve proteger os mais desfavorecidos e quem cuida deles.
«Esperamos que a austeridade seja pedida àqueles que podem contribuir mais e que sejam poupados aqueles que vivem em situação de graves dificuldadse», bem como as instituições de solidariedade social, que «prestam um serviço magnífico a todo o povo português», defendeu.
O padre Manuel Morujão entende que «ajudar os que ajudam é um dever do Governo» e não um «favor», por isso espera que as instituições em causa sejam poupadas na austeridade.
A Igreja Católica espera também que a solidariedade se estenda a todos os portugueses e, por isso, está a preparar uma nota pastoral onde apela à entreajuda.
«Estamos em tempo de doença grave, a economia está gravemente doente e por isso a solidariedade entre famílias e na vizinhança» tem de existir, defendeu, frisando que a Igreja «tem muita experiência assumindo a prioridade das necessidades».
Notícia corrigida às 00:09.