A Igreja Católica portuguesa está disponível para discutir com o Governo a extinção ou a deslocação de feriados religiosos, caso as datas civis também sofram alterações.
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«A igreja naturalmente pode conversar sobre este assunto na linha da deslocação de algum feriado religioso. Naturalmente partindo do pressuposto que o Governo diminui um ou alguns feriados civis», afirmou à Lusa o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
Para o padre Manuel Morujão «não se trata propriamente da Igreja, trata-se do povo e da religiosidade do povo português. É fácil de ver que há certas festas que são inamovíveis. Não vamos celebrar o Natal a 23 ou 27 de Dezembro», exemplificou.
Ontem [quarta-feira], no final da reunião da Concertação Social de ontem, o ministro da Economia adiantou que nas próximas reuniões o tema da redução dos feriados será aprofundado. Em causa estarão feriados civis e religiosos.
Os principais candidatos são, segundo o DN, o Dia de Todos-os-Santos e o Corpo de Deus.
A proposta do Governo deverá aproximar-se daquela que o PS fez no ano passado, e que previa a extinção de quatro feriados e o fim das pontes.
Actualmente, Portugal tem um feriado a mais que a média europeia. Calcula-se que cada dia de inactividade custe à economia entre 37 e 74 milhões de euros.