IL apela ao Governo: mais sanções ao Irão pela morte de Masha Amini e "escalada de violência"
A IL apela ao Governo que a embaixada portuguesa "trabalhe com as restantes embaixadas da UE" para que protejam os ativistas iranianos.
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A Iniciativa Liberal (IL) quer que o Governo proponha mais sanções económicas ao Irão, na União Europeia, e apresenta uma recomendação ao Executivo de António Costa, que vai ser discutida na Assembleia da República, para que se defendam "os direitos humanos, principalmente, das mulheres".
Os liberais dizem que o regime islâmico adotou uma "postura desproporcional" nos protestos no país, depois da morte de Mahsa Amini, que foi presa pela polícia iraniana por não usar o véu obrigatório. Em declarações à TSF, o líder parlamentar da IL, diz que o Governo deve reiterar um compromisso com a defesa dos direitos humanos propondo mais sanções.
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"Além dos votos de protesto ou solidariedade, queremos que Portugal vá mais além. Na sequência também de uma decisão do Parlamento europeu, que sugeriu à comissão europeia que reforce as sanções aos responsáveis pela morte de Mahsa Amini e da repressão violenta aos iranianos que estão pacificamente a protestar", explica.
Questionado se os restantes partidos, em Portugal, mostraram abertura para aprovar o projeto da Iniciativa Liberal, Rodrigo Saraiva refere que não existem "conversas paralelas", mas mostra-se convencido que a proposta vai ser consensual.
"A forma como o nosso projeto de resolução está apresentado, penso que vai ser bastante consensual, porque apela a que Portugal, junto da embaixada do Irão e na Europa, defenda o que outros países já estão a fazer. Não esperamos que o Governo tenha uma posição diferente desta, que é a defesa pelos direitos humanos e das mulheres", sublinha.
A IL apela ainda ao Governo que a embaixada portuguesa "trabalhe com as restantes embaixadas da União Europeia" para que protejam e deem segurança aos ativistas iranianos.
Tendo em conta que a discussão em torno do Orçamento do Estado vai suspender os restantes temas, na Assembleia da República, o projeto de resolução dos liberais só deve ser votado no início de dezembro.
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