Ministro das Finanças abre jornadas parlamentares do PS com duras críticas ao PSD. Desde logo, na redução do IVA da eletricidade. "Ilegal e irresponsável", ataca Mário Centeno.
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Depois das entradas, o Ministro das Finanças serviu o prato principal no almoço das jornadas parlamentares socialistas com o PSD no menu. Desde logo, a questão do IVA na eletricidade.
"A proposta do IVA é ilegal porque não cumpre a legislação nacional e comunitária, é incompatível com o equilíbrio orçamental", nota Mário Centeno. Além de ilegal, é irresponsável: "diz aos portugueses que apresenta medidas de compensação, mas essas medidas de compensação não são credíveis, não são para levar a sério".
"Se fosse para levar a sério, o corte nos consumos intermédios que o PSD propõe, significaria um corte nas verbas que agora estão no Orçamento para o Serviço Nacional de Saúde", destaca Centeno.
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Criticando o facto de o PSD ter feito as propostas de alteração ao OE "duas horas antes do limite", Mário Centeno nota que "aquilo que o PSD fez ontem foi apresentar dezenas de propostas que ou têm mais receita ou menos despesa". E nas contas que apresenta, o governante diz que, "se todas as propostas do PSD fossem aprovadas", o défice fixar-se-ia nos 2.200 milhões de euros.
"O país durante muito tempo teve de suportar um discurso político sustentado na impossibilidade do caminho que o PS estava a propor. Na verdade, o que aconteceu à direita foi que lhe foram caindo os dirigentes do glorioso período do "para além da troika", e agora caiu-lhe de vez a máscara da responsabilidade. Nós, hoje, não sabemos exatamente com que partido podemos contar à luz daquelas propostas", atira Mário Centeno.
Prevendo dias difíceis, Centeno despede-se dos deputados com a nota: "A batalha orçamental deste ano vai ser dura".