Em Portugal Continental, a greve de motoristas arranca à meia-noite. Nas ilhas não.
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A crise energética não vai chegar às regiões insulares. Nos arquipélagos dos Açores e da Madeira nenhum motorista vai fazer greve.
Na Região Autónoma dos Açores, "houve comunicados internos destes trabalhadores dentro das empresas que indicam que não existirá nenhum trabalhador em greve", disse à TSF o porta-voz da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).
"Nem qualquer membro dos sindicatos que eventualmente esteja naquela região vai aderir à greve", garante André Matias de Almeida.
Também a Região Autónoma da Madeira não espera ser afetada pela pela greve de motoristas.
"Na Madeira, felizmente, não temos razões para estar preocupados. Está à margem de todos estes problemas", reiterou este domingo o vice-presidente do executivo madeirense, Pedro Calado, em declarações aos jornalistas no Funchal.
O abastecimento de combustíveis à região faz-se por via marítima - da refinaria de Sines para o porto do Caniçal, as reservas são suficientes para quatro meses e, além disso, os trabalhadores têm as suas condições satisfeitas.
Em fevereiro o Governo regional fez um acordo com os motoristas de transportes terrestres, explica Pedro Calado. "Melhoramos as condições desses trabalhadores, fizemos uma convenção e temos estado em conversações".
"Não temos esses problemas de greves de transportes", reforçou.
A greve prevista no setor arranca a partir da meia-noite desta segunda-feira, por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM).