
Imagem icónica da primavera de Pequim
Reuters
A discussão está lançada. Depois da venda da agência de imagens CORBIS a uma empresa chinesa é posto em causa o destino de uma das fotografias mais icónicas desta gigantesca base de dados, o homem que enfrenta os tanques na praça de Tiannanmen fica nas mãos de uma empresa de comunicação de Pequim.
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Visual China Group, a empresa nasceu no ano 2000, está cotada na Bolsa de Valores e já é um gigante na distribuição de imagens, sobretudo nas plataformas digitais, daí que o negócio dos últimos dias, com a aquisição do património da CORBIS avaliado em mais de 200 milhões de imagens seja visto com preocupação pelos ativistas de direitos humanos.
Algumas das imagens da antiga empresa detida por Bill Gates dizem respeito à noite que enterrou a primavera de Pequim e a chegada dos tanques à praça da paz celestial, imagens que estão proibidas na China e como os donos das imagens são agora empresários chineses que pactuam com o governo existe o receio que esta memória seja apagada.
Mas os defensores do negócio dizem que imagens idênticas estão também noutras bases de dados como a REUTERS.
Esta não foi a primeira entrada dos chineses no mercado da comunicação no mundo ocidental; ainda no principio do mês foi adquirida por uma grupo de Pequim uma das maiores empresas de Hollywood e no final do Ano a HOLDING da internet, a Alibaba comprou o jornal de língua inglesa de Hong Kong, o South China Mornibng Post.