A presidente, Teresa Tito de Morais, diz que as propostas são pouco inovadoras e que a Europa continua a não demonstrar sinais de solidariedade.
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Numa primeira leitura às 10 medidas que vão ser discutidas na 5ª feira pelos lideres europeus, O Conselho Português para os Refugiados diz que o plano europeu para combater o drama da imigração no Mediterrâneo pouco inovador.
"Trata-se de medidas que, obviamente, são positivas. Mas, falta um aspeto muito importante, a existência de canais de imigração regular. A Comissão Europeia e a União continuam muito divididas. Falta uma política global a nível europeu, que exprima verdadeira solidariedade".
Entre as medidas que vão ser analisadas na 5ª feira em Bruxelas está a entrega de mais dinheiro para realizar operações conjuntas, um maior esforço para destruir os navios usados pelas redes de imigração ilegal e a criação de um novo programa para regresso dos imigrantes.
Os lideres europeus pretendem também estudar formas de cooperar com os países vizinhos da Líbia para conter o fluxo migratório.
Teresa Tito de Morais sublinha a necessidade de criar condições para uma "imigração legal e controlada", sem prejuízo de se "promoverem condições para a fixação dos que fogem nos seus países de origem e combater as redes que os exploram, muitas vezes com a benevolência dos governos".