Impacto da guerra chega ao bolso dos portugueses
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A guerra está a afetar a vida quotidiana dos portugueses. Segundo os resultados do barómetro da Aximage para a TSF, DN e JN, mais de 76% dos inquiridos refere já ter sentido o impacto da guerra. Uma percentagem que sobe 17% em relação ao mês de março.
Dos 76% dos portugueses que afirmam ter sentido o impacto da guerra no dia a dia, 70% admitem que o poder de compra diminuiu. E 17% confessam ter deixado de comprar alguns produtos e bens.
No dia em que o presidente ucraniano se dirige ao Parlamento português, uma grande maioria dos inquiridos, 59%, discorda ou discorda totalmente do PCP. Os comunistas portugueses votaram contra a intervenção de Volodymyr Zelensky no hemiciclo e os seis deputados eleitos pelo PCP anunciaram esta quarta-feira que não estarão presentes na sessão. No barómetro, 23% dos inquiridos concordam com a posição do PCP. Destes, 8% concordam totalmente com a decisão.
Mais de metade dos portugueses questionados pelo barómetro TSF/DN/JN consideram que a NATO não deve ter qualquer intervenção na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Uma tendência que se mantém muito próxima dos números do mês passado.
Ainda assim, 43% dos inquiridos demonstra ter confiança ou muita confiança na NATO. Mas essa percentagem está a descer. No mês passado 63% dos portugueses confiavam ou confiavam muito na NATO. Em apenas um mês, o grau de confiança nas decisões da aliança desceu 20%.
Em relação à confiança nos líderes europeus para uma resolução do conflito, 24% confiam ou confiam muito. E quase metade dos portugueses, 42%, tem apenas um grau de confiança médio nos principais dirigentes políticos europeus.
Mais de metade dos inquiridos, 53%, acredita que a guerra vai durar, pelo menos, entre seis meses a um ano. E 26% dos portugueses ouvidos no barómetro acham que o conflito vai durar mais de um ano. Entre março e abril, são cada vez mais ou que pensam que o conflito se vai prolongar no tempo.
De entre os inquiridos no barómetro TSF/DN/JN, 54% consideram que a União Europeia está a fazer o suficiente para ajudar o povo ucraniano. 46% acham que não. Defendem sanções mais severas e a suspensão da compra de carvão, petróleo e gás à Rússia.
A percentagem maior deste barómetro diz respeito às consequências da guerra na vida quotidiana: 70% dos portugueses afirmam que, em Portugal, esses efeitos já se fazem sentir no poder de compra.
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF/DN/JN com o objetivo de avaliar a opinião dos portugueses sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O trabalho de campo decorreu entre os dias 12 a 18 de Abril. Foram feitas 807 entrevistas a maiores de 18 anos, residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade.
À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,45%. A responsabilidade do estudo é da Aximage comunicação e Imagem Lda, com direção técnica de Ana Carla Basílio.
O trabalho de campo foi realizado entre os dias 12 e 18 de Abril. A margem de erro é de 3,45%. O estudo foi feito pela Aximage, com direção técnica de Ana Carla Basílio.
