"Impunha-se que ministério da Agricultura e Governo se deixassem de conversa fiada"
Confederação Nacional da Agricultura quer ver o levantamento dos prejuízos e a definição de apoios de emergência aos agricultores afetados pelas cheias feitos com celeridade.
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A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pede ao Governo que conceda, com urgência, apoio a quem foi afetado pelas cheias provocadas pela passagem das tempestades Elsa e Fabien. À TSF, João Dinis, da direção da CNA, afirma que o nível da água ainda está alto, mas já é possível prever boa parte dos estragos.
Há infraestruturas destruídas, "principalmente estufas", campos alagados, valas entupidas, "tabuleiros do arroz com margens danificadas" e os produtores de animais estão a precisar de "realojar" os seus gados, bem como de encontrar alternativas para os alimentar.
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Perante este cenário, explica João Dinis, torna-se essencial uma ação rápida por parte do Governo. "É uma situação que, de repente, é excecional", sublinha.
"Impunha-se que o ministério da Agricultura e o Governo se deixassem de conversa fiada, fizessem um levantamento capaz dos prejuízos e estabelecessem planos de apoio de emergência aos agricultores e também às populações do mundo rural."
Numa época em que se discute o Orçamento do Estado para 2020, João Dinis lembra que a obra do Mondego precisa de "mais investimento" e não de "propaganda que sucessivos Governos, em torno disso, têm feito todos os anos".