"Inaceitável." Candidatos do PS com cargos em instituições públicas "prometem apoios e empregos"
O secretário-geral do Partido Comunista Português condena a mistura entre Estado e aparelho partidário.
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Em Santiago do Cacém, no comício desta tarde, Jerónimo de Sousa afirmou que há candidatos do PS à frente de instituições do Estado a prometer apoios e empregos e a condicionar a livre escolha dos eleitores.
Ao contrário do que tem andado a fazer o Partido Socialista ao longo da campanha autárquica, afirmou Jerónimo de Sousa, a CDU não faz promessas fáceis nem agita milhões do PRR - Plano de Resiliência e Recuperação.
"Temos assistido, por parte do Governo do PS, a um abuso daquilo que são os meios do Estado. À medida que a campanha se desenvolve, tem aumentado a arrogância do PS, num estilo que se aproxima dos tiques de CDS e PSD no Governo", atirou.
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Jerónimo de Sousa, num comício no Jardim do Chafariz, disse mesmo que há uma mistura entre instituições do Estado e aparelho partidário, que considera "inaceitável". É o próprio, que contou com a presença do atual autarca, eleito pela CDU, Álvaro Beijinha, na primeira fila, quem o explica aos apoiantes do partido. "É inaceitável essa mistura do Estado e aparelho partidário, em que candidatos do PS fazem anúncios de medidas ou decisões que o Governo se prepara para concretizar", acrescenta.
Acusa o secretário-geral do PCP que há candidatos do PS que exercem cargos de direção em instituições públicas, a fazer promessas e a condicionar a escolha dos eleitores. Uma vez mais, "inaceitável". "É inaceitável o uso por parte dos candidatos do PS que exercem cargos de direção em centros de emprego e formação profissional, Segurança Social e outros, para prometer apoios, empregos e o que de mais possa condicionar o livre opção dos eleitores", acusa.
Por isso, Jerónimo quer respeito e neutralidade: "O respeito pelas eleições exige que seja garantida a neutralidade e imparcialidade dos órgãos de poder. As eleições são para as autarquias locais, deixem a população decidir com independência, não metam os recursos públicos e o aparelho do Estado naquilo que não deve ser metido", adverte.
Acusações de Jerónimo de Sousa, em Santiago do Cacém, Câmara da CDU desde que há eleições livres.