Os dois acusados da autoria dos incêndios florestais do Verão do ano passado na Serra do Caramulo, onde morreram quatro bombeiros, foram esta tarde condenados a pesadas penas de prisão efetiva.
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Luís Patrick foi condenado a 18 anos de prisão, enquanto Fernando Marinho ficará detido durante 12 anos. No caso de Fernando Marinho, foi tido em conta a sua confissão e colaboração com as autoridades, além de ser menor de 21 anos na altura dos factos.
O Tribunal de Vouzela alterou a qualificação dos factos e condenou ambos pelos crimes de incêndio florestal agravado, três crimes de homicídio por negligência grosseira e oito crimes por ofensa à integridade física.
Uma alteração da acusação que agradou a Carlos Lage, advogado de Fernando Marinho, que espera que a sentença faça pedagogia. Os advogados de Luis Patrick não quiserem comentar a sentença. No exterior familiares do arguido, que não se quiseram indentificar, consideraram-na injusta.
Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) tinha pedido a pena máxima de 25 anos de cadeia para Luís Patrick e uma pena nunca inferior a cinco anos para Fernando Marinho. O procurador Carlos Guerra considerou que «a prova é inequívoca quanto ao local onde os incêndios se iniciaram, como evoluíram e às respectivas consequências».
A acusação referiu que, na noite de 20 para 21 de agosto de 2013, Luís Patrick e Fernando Marinho andaram de mota pela serra a atear vários focos de incêndios, que provocaram a morte a quatro bombeiros.