Incêndio foi dado como dominado esta manhã. Os trabalhos vão seguir no sentido de evitar reacendimentos e consolidar o rescaldo do incêndio, bem como permitir o regresso a casa das populações.
Corpo do artigo
O fogo que desde sábado lavra em Góis, no distrito de Coimbra, foi dado como dominado esta quinta-feira às 7h41, informou o comandante operacional, Carlos Tavares.
Ainda assim, os 1.010 operacionais apoiados por 284 meios terrestres, além de sete máquinas de rasto, vão permanecer no terreno. "Há fortes possibilidades de reacendimentos", justificou Carlos Tavares, referindo que esta região é propícia a este tipo de situações, nomeadamente por causa da orografia e das condições climatéricas, com muitos ventos, temperaturas elevadas e baixos índices de humidade.
TSF\audio\2017\06\noticias\22\carlos_tavares_1_08h
"Não podemos aliviar" a intervenção e "há ainda muito trabalho pela frente", destacou o comandante, admitindo o surgimento de novos focos de incêndio ao final de manhã, início da tarde, período no qual se prevê temperaturas relativamente elevadas e baixa humidade.
Também entraram em ação seis meios aéreos pesados, entre os quais "quatro aviões e dois helicópteros", disse o responsável.
O comandante operacional indicou também que as pessoas deslocadas das aldeias evacuadas começam hoje a regressar às suas casas.
Carlos Luís Tavares não referiu, no entanto, se todas as pessoas deslocadas o poderão fazer já. "Mais importante ainda" é que este processo seja "feito com toda a segurança" e "com tranquilidade", sublinhou.
TSF\audio\2017\06\noticias\22\carlos_tavares_3_casa
Foram evacuadas, ao todo, 27 aldeias, dos concelhos de Góis e de Pampilhosa da Serra, envolvendo um total de cerca 200 pessoas, das quais cinco já puderam regressar às suas casas.
Este incêndio destruiu uma área florestal na ordem dos 20 mil hectares, estimativa que, no entanto, carece ainda de avaliação rigorosa, adiantou Carlos Luís Tavares.
TSF\audio\2017\06\noticias\22\carlos_tavares_2_area_vasta
Pelas 7h, o vice-presidente da Câmara de Góis já indicava à TSF que a única frente do incêndio de Góis que ainda estava ativa nessa altura estava "controlada". "Foi controlada a frente que havia e neste momento está tudo calmo. Não houve reacendimentos, neste momento não há de grave", indicou Mário Garcia.
TSF\audio\2017\06\noticias\22\mario_garcia_1_08h_controlado
Também pelo início da manhã operacionais no terreno, contactados pela agência Lusa, adiantavam que o combate às chamas continua a evoluir "muito favoravelmente"
A diminuição da temperatura e o aumento da humidade registados durante a noite de quarta-feira e a madrugada de hoje ajudaram no combate às chamas, que está a ser feito por cerca de 1.000 bombeiros e 270 meios terrestres.
O comandante operacional da Proteção Civil Carlos Luís Tavares já indicara às 00:00 que o incêndio deveria ser dominado durante a noite e que esta quinta-feira de manhã deveria ser possível fazer o regresso de habitantes de algumas aldeias evacuadas na terça-feira às suas casas.
Nessa altura, o comandante operacional adiantou que seriam mantidos no terreno todos os meios e que logo que possível entrariam em ação meios aéreos pesados para impedir o alargamento do perímetro de território atingido pelas chamas.
Depois de já ter tido cinco frentes ativas, o incêndio em Góis, no distrito de Coimbra, que deflagrou na tarde de sábado, encontrava-se na madrugada de hoje apenas com uma frente ativa, com 400 metros de extensão, disse o comandante operacional Carlos Luís Tavares.
* Notícia atualizada às 9h com declarações do comando de operações