O presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais, diz que o incêndio está "incontrolável" e com várias frentes ativas, colocando casas sistematicamente em risco.
Corpo do artigo
O incêndio que deflagrou esta segunda-feira às 04:09 em Préstimo, Águeda, distrito de Aveiro, obrigou a evacuar um lar de idosos e destruiu um armazém de materiais de construção no lugar de Á-dos-Ferreiros.
Em declarações à Lusa, Dora Gomes, moradora na aldeia, descreveu a situação como "caótica". "Ardeu tudo aqui à volta e agora começou outra vez", referiu. Dora Gomes contou que está a pé desde madrugada para defender a sua casa e um armazém de materiais de construção que tem no centro do lugar.
A mesma sorte não teve um outro armazém de materiais de construção, onde trabalhavam cerca de 20 pessoas, que ardeu completamente.
Um outro morador disse à Lusa que chegou a temer pela própria vida, quando viu as chamas a passar por cima do telhado da sua casa. "A minha preocupação foi fechar a casa, pegar na mota e sair com o que tinha no corpo. Não deu tempo para mais nada", referiu Ventura Lopes, adiantando que nunca tinha visto um incêndio desta dimensão.
A mesma opinião tem Apolinário Dias, um emigrante que regressou à sua terra natal para passar férias. "Já vi aqui grandes fogos, mas como este nunca vi coisa igual, porque era em todo o lado ao mesmo tempo", disse Apolinário Dias, que chegou a ter chamas no seu quintal.
O presidente da Câmara de Águeda disse à TSF que o incêndio está "incontrolável" e com várias frentes ativas, colocando casas em risco.
Segundo Gil Nadais, o fogo consumiu um armazém de materiais de construção, mas não há indicações de que tenha sido atingida qualquer habitação. "Já chegou às paredes das casas, mas não arderam", disse.
De acordo com o presidente da Câmara de Águeda, "a situação está incontrolável neste momento", mesmo estando no local "muitas corporações de quase todo o país" e vários meios aéreos envolvidos, que contudo "têm dificuldade em operar por causa do fumo que está no ar".
O incêndio no Préstimo deflagrou às 04:09 e mobiliza neste momento mais de 200 operacionais, quase 70 viaturas e dois meios aéreos, de acordo com a informação da página da Internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC),atualizada às 14:00.