Incêndio em Murça reativado devido à "intensificação do vento": chamas avançam em direção à aldeia de Perafita
À TSF, o segundo comandante sub-regional do Douro da Proteção Civil, Miguel Fonseca, adianta que em Perafita as chamas estão, em alguns pontos, a "100/150 metros" de distância de algumas habitações
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O incêndio em Murça, no distrito de Vila Real, reativou-se na tarde deste sábado devido à "intensificação do vento" com mudanças de direção "repentinas". As chamas avançam agora em direção à aldeia de Perafita, no concelho de Alijó.
"Fruto da alteração das condições meteorológicas, com a intensificação do vento e mudanças repentinas, tivemos praticamente três reativações em simultâneo, num momento em que os trabalhos estavam a decorrer favoravelmente", conta à TSF o segundo comandante sub-regional do Douro da Proteção Civil, Miguel Fonseca.
Os meios foram reposicionados para responder às frentes de fogo, no entanto, o maior motivo de preocupação tem sido junto à aldeia de Perafita, ameaçada pelas chamas.
"Temos os meios em trabalho a fazer, inclusive, por uma questão de prevenção, a defesa perimétrica a este aglomerado populacional", adianta, acrescentando que, em alguns pontos, o incêndio está a cerca de "100 a 150 metros" de distância de algumas habitações.
Para já, o cenário de evacuação é excluído, pelo que, caso o cenário se agrave, a solução passará com "confinar no centro da aldeia algumas pessoas, para evitar que intervenham e que sejam postas em risco durante o processo do combate" às chamas.
Os meios no terreno já foram reforçados, estando agora no local mais de seis aeronaves. Miguel Fonseca considera, apesar do cenário, que os trabalhos "evoluem favoravelmente".
Segundo o site da Proteção Civil, estão empenhados no terreno 354 operacionais, apoiados por 107 viaturas terrestres e nove aeronaves.
O fogo deflagrou pelas 14h30 de sexta-feira, em Carva, progrediu para a área de Asnela e, depois, no alto da serra dividiu-se para Perafita e Fiolhoso.