Incêndio em Vila Pouca de Aguiar com duas frentes ativas. Vento e acessos difíceis complicam combate
Em declarações à TSF, o comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso, Artur Mota, confessa temer que, devido à velocidade "com que o fogo avança", as aldeias possam ser afetadas
Corpo do artigo
O incêndio que lavra na serra do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, tem duas frentes que ardem com "bastante intensidade", com o vento e os acessos difíceis a complicarem o combate.
"[O fogo] está com bastante intensidade, porque está muito vento lá no local. O local é de difícil acesso e, portanto, temos estamos ali com duas frentes ativas que ardemcom bastante intensidade", explica à TSF o comandante sub-regional do Alto Tâmega e Barroso, Artur Mota.
Confessa por isso temer que, em breve, possa haver aldeias ameaçadas pelas chamas, já que o fogo está a avançar com rapidez.
"Com a velocidade com que [o fogo] avança, é possível que daqui a nada tenhamos na aldeia de Lamas de Olo. Se bem que tem uns campos à volta, à partida, não oferecerá grande perigo, mas está a ir na direção dessa aldeia", avança.
O comandante dos bombeiros de Vila Pouca de Aguiar avança à Lusa que, pelas 13h00, estavam a atuar três meios aéreos, dois aviões e um helicóptero, e 110 operacionais.
Na zona anda ainda um quarto helicóptero de reconhecimento do terreno e estão já mobilizados dois grupos de reforço para esta ocorrência.
O alerta foi dado às 10h00, na zona da freguesia do Alvão.
A serra do Alvão integra os concelhos de Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Vila Real e Mondim de Basto, tendo sido atingida nestes dois últimos concelhos por um outro incêndio que deflagrou no sábado e entrou em resolução na manhã de quarta-feira.
Em Vila Real e Mondim de Basto permanecem hoje em operações de rescaldo, consolidação e vigilância, de acordo com a informação da página da Internet da Proteção Civil, 342 operacionais, com 109 viaturas e um meio aéreo.
