Incêndio na Madeira. Aviso amarelo de tempo quente em vigor até ao final da tarde de terça-feira
Em causa estão todas as divisões do território utilizadas pelo IPMA para emissão de avisos: as costas norte e sul e as regiões montanhosas
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A ilha da Madeira está até às 18h00 de terça-feira sob aviso meteorológico amarelo, o menos grave, devido às previsões de tempo quente, indicou esta segunda-feira o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Depois de vários dias sob aviso laranja (o segundo numa escala de três), a maior ilha do arquipélago da Madeira - onde um incêndio rural está a lavrar há seis dias, afetando já três concelhos - viu o nível ser reduzido para amarelo às 18h30 desta segunda-feira, ainda devido à "persistência de valores elevadores da temperatura máxima".
Em causa estão todas as divisões do território utilizadas pelo IPMA para emissão de avisos: as costas norte e sul e as regiões montanhosas.
Estão previstas máximas de 28 a 29 graus Celsius entre esta segunda e terça-feira na ilha, e uma temperatura mínima de 22 graus nos dois dias.
Na ilha do Porto Santo mantém-se também até às 18h00 de terça-feira o aviso amarelo que já estava em vigor relativamente ao tempo quente.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica, enquanto o aviso laranja é ativado quando existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.
No balanço do grande fogo que atinge a ilha da Madeira - e que, segundo o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais, já queimou uma área de cerca de sete mil hectares --, o Governo Regional indicou, pelas 19h00, que também o vento irá continuar a diminuir de intensidade, pelo que as condições são agora mais favoráveis às operações.
O incêndio rural deflagrou na quarta-feira nas serras da Ribeira Brava, propagando-se no dia seguinte ao concelho contíguo a este, Câmara de Lobos, e, já no fim de semana, ao município da Ponta do Sol, através do Paul da Serra. Ao início da noite desta segunda-feira, mantinha duas frentes ativas, que mobilizavam mais de uma centena e meia de operacionais das várias forças de bombeiros (inclusive do continente e dos Açores), além de elementos de outros organismos de segurança e socorro.
Até domingo, 160 pessoas foram retiradas das suas habitações por precaução e transportadas para equipamentos públicos, mas muitos moradores já regressaram ou estão a regressar a casa. Por volta das 19:00, estava a ser desenvolvida a retirada de cerca de 60 pessoas da Furna, no concelho da Ribeira Brava, por precaução.
Não há registo de destruição de casas e infraestruturas essenciais. Uma bombeira foi levada ao hospital do Funchal devido a exaustão, mas não foram divulgados pormenores sobre o seu estado de saúde.
O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, afirma tratar-se de fogo posto, mas as causas ainda não foram divulgadas.
