O fogo, que está ativo desde quarta-feira à tarde, foi dominado. O vento e os difíceis acessos foram as principais dificuldades dos bombeiros no terreno durante a madrugada.
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O incêndio que lavra desde quarta-feira à tarde na Serra de Montejunto, no Cadaval, e que se alastrou ao concelho de Alenquer já foi dominado, mas a dificuldade de acessos, o vento e possíveis reativações continuam a preocupar os bombeiros, disse o comandante das operações por volta das 12h45.
"As duas frentes estão em resolução", afirmou à agência Lusa Hélder Silva, comandante regional da Lezíria do Tejo da Proteção Civil e responsável pelas operações no terreno, no distrito de Lisboa, confirmando que o fogo foi dado como dominado.
No local, pelas 13h00, estavam 539 bombeiros, 166 veículos e sete meios aéreos, considerados "para já suficientes".
De acordo com Hélder Silva, "os meios mantêm-se em todo o perímetro do incêndio", uma vez que as chamas continuam a preocupar os bombeiros.
"Temos pontos muito quentes e acesos difíceis, o que dificulta a rapidez dos meios e a eficácia do combate", explicou.
Prevê-se que, para a tarde, "os trabalhos decorram favoravelmente", embora se mantenham as preocupações com o vento, as reativações e a dificuldade de acessos.
O fogo continua sem ameaçar habitações ou bens materiais, mas a Estrada Nacional 1 está cortada entre Pragança (Cadaval) e Abrigada (Alenquer), para facilitar a movimentação dos meios.
Em declarações aos jornalistas, o comandante regional Carlos Silva explicou que o vento e os difíceis acessos foram as principais dificuldades dos bombeiros durante a madrugada.
"Neste momento, a situação felizmente é muito melhor da que tínhamos à noite. No entanto, ainda temos alguns pontos críticos, que estão de difícil acesso (...) O vento também continua a soprar daí a nossa preocupação", disse o comandante Carlos Silva, em declarações aos jornalistas.
Até ao momento, não há registo de vítimas, mas quatro operacionais já tiveram de ser assistidos, "por quedas", "indisposição e inalação de fumos". Os bombeiros, contudo, já retomaram ao terreno, assegura o comandante Carlos Silva.
O comandante Carlos Silva disse ainda que o fogo não ameaçou habitações. O alerta para o fogo foi dado às 13h51 de quarta-feira na localidade de Espinheira, na base da serra de Montejunto, com as chamas a consumir uma zona de eucaliptos e pinheiros.
Notícia atualizada às 13h32