Incêndios: câmara de Arganil admite acionar Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil

Pedro Sarmento Costa/Lusa (arquivo)
As chamas começaram esta madrugada e estão fora de controlo. O vento dificulta o trabalho dos bombeiros
A câmara de Arganil admite acionar o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil. As chamas, que começaram esta madrugada, estão fora de controlo e o vento forte dificulta o trabalho dos bombeiros. O fogo rondou duas aldeias, mas ainda não foi necessário retirar ninguém de casa. Em declarações à TSF, o presidente da câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, conta o que esteve na origem do fogo.
"Tivemos esta madrugada, na zona mais elevada do concelho, nomeadamente na freguesia de Piodão, episódios relativamente severos de trovoadas. Mais ou menos em simultâneo, houve ventos muito intensos e errantes e as coisas estão bastante complicadas do ponto de vista do controlo do fogo, porque há já várias projeções, já está a arder em várias direções. Este incêndio e esta trovoada começou numa das vertentes da encosta junto a uma aldeia, que é a Malhada Chã. A aldeia não esteve em risco, mas ainda assim criou muito sobressalto. Entretanto, também houve projeções e andou mesmo na zona da aldeia do Piódão", explica à TSF Luís Paulo Costa, sublinhando que "provavelmente" vai ser acionado o Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil.
O incêndio da Covilhã que deflagrou no domingo progrediu para a zona de Piódão, em Arganil, e neste concelho o fogo foi esta quarta-feira autonomizado enquanto ocorrência, estando a ser combatido por mais de 300 operacionais, segundo a Proteção Civil.
A informação disponível na página da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) indica que, pelas 09h10, os 304 elementos das forças de socorro e segurança que combatiam as chamas em Arganil, no distrito de Coimbra, estavam apoiados por 85 viaturas e quatro meios aéreos.
Este fogo resultou da progressão do incêndio que tinha deflagrado no domingo na Covilhã, distrito de Castelo Branco, e que já se encontra em resolução desde terça-feira de manhã, mas ainda se mantêm hoje no terreno 180 operacionais, apoiados por 63 veículos e um meio aéreo.
No total, pelas 09h10, estavam no terreno a combater os incêndios rurais a nível nacional 2794 operacionais, apoiados por 887 veículos e 14 meios aéreos.
O Governo estendeu a situação de alerta até final do dia de sexta-feira, devido às previsões meteorológicas, que apontam para um aumento da temperatura e risco agravado de incêndio rural.
